quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Habitação Unifamiliar T4



Frase Filosófica

A arquitetura é a arte que dispõe e adorna de tal forma as construções erguidas pelo homem, para qualquer uso, que vê-las pode contribuir para a sua saúde mental, poder e prazer.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

arquitectos irritantes...

Confesso que há arquitectos que me irritam solenemente:

- Aqueles que utilizam uma linguagem rebuscada;
- Aqueles que acham que os clientes são uns imbecis cuja opinião não conta;
- Aqueles que se babam todos quando fazem um projecto bonito mesmo que não funcione;
- Aqueles que não aceitam uma crítica e muito menos se vier “de fora”;
- Aqueles que têm uma aversão irracional e preconceituosa aos telhados.
Há tantos assim...

Mas não é desses que quero falar. Também há outros que quero lembrar hoje - porque são esses que merecem sê-lo! - fazendo-lhes um elogio. Sim, porque há muitos arquitectos que:

- Tentam exercer teimosamente uma profissão a que ainda não se dá o devido valor;
- Subsistem precariamente (com o ordenado do cônjuge, por exemplo) para poderem manter um pequeno gabinete;
- Trabalham noite adentro e aos fins de semana, alturas em que o comum dos mortais descansa ou se diverte com a família;
- Vivem em constante stress, fumando desalmadamente e ingerindo uma quantidade prodigiosa de cafés;
- Sofrem a concorrência desleal de todos aqueles a quem é permitido assinar projectos em seu lugar por preços com que não conseguem competir;
- Vêem os seus projectos alterados e copiados desavergonhadamente sem que nada possam fazer;
- Ganham honorários ridiculamente baixos para poderem competir e ainda têm que tirar daí todas as despesas com materiais, serviços e colaboradores (um advogado ou mesmo uma simples imobiliária separa honorários e despesas e ninguém se queixa...);
- Têm de conhecer desenho, técnicas construtivas, legislação, relações públicas, engenharia (todos os ramos), geologia, sociologia e mais uma série de “artes” que os torna verdadeiros especialistas em generalidades;
- Insistem em oferecer (ingenuamente?) projectos de qualidade a pessoas que apenas querem uma choupana com uns leões de barro à porta;
- São maltratados (?) nos diversos organismos a que necessitam recorrer para verem aprovados os seus projectos por indivíduos ignorantes, invejosos e sem escrúpulos, muitas das vezes seus próprios colegas.

Quem é que aguenta isto? Só mesmo um Super-arquitecto...


(retirado de: OBVIOUS um olhar mais demorado)

As palavras de um arquitecto...

"Longe vai o tempo em que os arquitectos eram uns ilustres desconhecidos, dir-me-ão. Não sou, porém assim tão velho que não me lembre que há vinte anos ainda era assim...

Qualquer jovem estudante que então resolvesse seguir a via da arquitectura podia ter a certeza de ver a sua mesada cortada por um pai tirano e desgostoso. As pessoas em geral ignoravam a profissão ou olhavam-na com desdém considerando-a própria de indivíduos lunáticos.
Muitas vezes nem na obra sabiam o que era um arquitecto. Uma vez fui apresentado a um empreiteiro: "Aqui este senhor é arquitecto, sabe?". Silêncio prolongado... Via-se que o homem não tinha compreendido. Por fim, fazendo um visível esforço intelectual, perguntou: "Arquitecto, mas de quê? De engenharia?"

Quando aparecíamos na obra despertávamos uma catadupa de sentimentos contraditórios entre o pessoal, que não sabia sequer como nos havia de tratar, mas que invariavelmente nunca punha o título atrás do nosso nome. Era mais ou menos assim: "Ó Sr. Zé, não viu o Sr. Engenheiro?" (o Sr. Zé era este vosso humilde criado...)
Durante muitos anos os arquitectos ou lá o que quer eles fossem situaram-se abaixo da linha de terra na construção civil em Portugal. O topo era ocupado pelos engenheiros, está claro. Sim, porque eram eles que faziam os projectos; eram eles que dirigiam as obras; eram eles que assinavam os termos de responsabilidade. Um engenheiro tinha que estudar, tirar um curso... Bom, o arquitecto parece que também tinha mas não é bem a mesma coisa!

Num nível mais avançado somos confundidos com os engenheiros, o que sendo até isonjeiro para nós nunca nos agradou muito. Sempre lutámos pela autonomia da nossa profissão e pela separação das competências. A luta (ainda) continua...

Mas os tempos mudaram e aos arquitectos de hoje é-hes reconhecido um papel social e profissional proeminente, dir-me-ão outra vez. Pura ilusão! Ainda subsistem, escondidos na penumbra, alguns focos de resistência feroz que teimam em clamar pelo regresso ao passado! Querem ver?

Recentemente fui apresentar um projecto a um cliente. Chegado ao local (uma empresa), identifiquei-me junto da recepcionista e pedi-lhe para me anunciar ao director. Ela pegou no telefone e, olhando para mim com os rolos do projecto debaixo do braço disse: "Sr. Director, está aqui o Sr. Engenheiro com o projecto." Fiz prontamente sinal com a mão e disse em voz baixa: "Olhe que eu não sou engenheiro". "Não faz mal", sussurrou a menina enquanto tapava o bocal do telefone com a mão. "Eu não digo nada ao Sr. Director!"


(retirado de: OBVIOUS um olhar mais demorado)

sábado, 30 de maio de 2009

quarta-feira, 1 de abril de 2009

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Arquitectura moderna e as suas caracteristicas

Arquitetura moderna é uma designação genérica para o conjunto de movimentos e escolas arquitetônicos que vieram a caracterizar a arquitetura produzida durante grande parte do século XX (especialmente os períodos entre as décadas de 10 e 50), inserida no contexto artístico e cultural do Modernismo. O termo modernismo é, no entanto, uma referência genérica que não traduz diferenças importantes entre arquitetos de uma mesma época.

Não há um ideário moderno único. Suas características podem ser encontradas em origens diversas como a Bauhaus, na Alemanha; em Le Corbusier, na França em Frank Lloyd Wright nos EUA ou nos construtivistas russos alguns ligados à escola Vuthemas, entre muitos outros. Estas fontes tão diversas encontraram nos CIAM (Congresso Internacional de Arquitetura Moderna) um instrumento de convergência, produzindo um ideário de aparência homogênea resultando no estabelecimento de alguns pontos comuns. Alguns historiadores da arquitetura (como Leonardo Benevolo e Nikolaus Pevsner), por sua vez, traçam a gênese histórica do moderno em uma série de movimentos ocorridos em meados do século XIX, como o movimento Arts & Crafts.

O International Style, conceito inventado pelo crítico Henry Russel Hitchcock e utilizado pela primeira em 1932, traduz esta posição de convergência criada pelos CIAM. Com a criação da noção de que os preceitos da arquitetura moderna seguiam uma linha única e coesa, tornou-se mais fácil a sua divulgação e reprodução pelo mundo. Dois países onde alguns arquitetos adotaram os preceitos homogêneos do International Style foram Brasil e Estados Unidos. O International Style traduz um conjunto de vertentes essencialmente européias (principalmente as arquiteturas de Gropius, Mies e Le Corbusier), ainda que figuras do mundo todo tenham participado dos CIAM. Uma outra vertente, de origem norte-americana, é relacionada à Frank Lloyd Wright e referida como arquitetura orgânica.

Um dos princípios básicos do modernismo foi o de renovar a arquitetura e rejeitar toda a arquitetura anterior ao movimento; principalmente a arquitetura do século XIX expressada no Ecletismo. O rompimento com a história fez parte do discurso de alguns arquitetos modernos, como Le Corbusier e Adolf Loos. Este aspecto - na sua forma simplificada - foi criticado pelo pós-modernismo, que utiliza a revalorização histórica como um de seus motes.


Principais características
Apesar de ser um momento multifacetado da produção arquitectônica internacional, o Modernismo manifestou alguns princípios que foram seguidos por um sem-número de arquitetos, das mais variadas escolas e tendências.

Uma das principais bandeiras dos modernos é a rejeição dos estilos históricos principalmente pelo que acreditavam ser a sua devoção ao ornamento. Com o título de Ornamento é Crime (1908) um ensaio de Adolf Loos critica o que acreditava ser uma arquitetura preocupada com o supérfluo e o superficial. O ornamento, por sua vez, com suas regras estabelecidas pela Academia, estava ligado à outra noção combatida pelos primeiros modernos: o estilo. Os modernos viam no ornamento, um elemento típico dos estilos históricos, um inimigo a ser combatido: produzir uma arquitetura sem ornamentos tornou-se uma bandeira para alguns. Junto com as vanguardas artísticas da décadas de 1910 e 20 havia um como objetivo comum a criação de espaços e objetos abstratos, geométricos e mínimos.

Outra característica importante eram as idéias de industrialização, economia e a recém-descoberta noção do design. Acreditava-se que o arquiteto era um profissional responsável pela correta e socialmente justa construção do ambiente habitado pelo homem, carregando um fardo pesado. Os edifícios deveriam ser econômicos, limpos, úteis.

Duas máximas se tornaram as grandes representantes do modernismo: menos é mais (frase cunhada pelo arquiteto Mies Van der Rohe) e a forma segue a função ("form follows function", do arquiteto proto-moderno Louis Sullivan, também traduzida como forma é função). Estas frases, vistas como a síntese do ideário moderno, tornaram-se também a sua caricatura.

Ludwig Mies van der Rohe



Ludwig Mies van der Rohe, nascido Maria Ludwig Michael Mies (Aachen, Alemanha, 27 de Março de 1886 - Chicago, Estados Unidos, 17 de Agosto de 1969), foi um arquiteto alemão, naturalizado estado-unidense, considerado um dos principais nomes da arquitetura do século XX, sendo geralmente colocado no mesmo nível de Le Corbusier ou de Frank Lloyd Wright.

Foi professor da Bauhaus e um dos formadores do que ficou conhecido por International style, onde deixou a marca de uma arquitectura que prima pela clareza e aparente simplicidade. Os edifícios da sua maturidade criativa fazem uso de materiais representativos da era industrial, como o aço e o vidro, definindo espaços austeros mas que transmitem uma determinada concepção de elegância e cosmopolitismo. É famoso pela sua interpretação pessoal, patente na sua obra concreta, dos aforismos, que não são da sua autoria, less is more (em alemão, Weniger ist mehr) e "God is in the details" ("Deus está nos pormenores").

Mies van der Rohe procurou sempre uma abordagem racional que pudesse guiar o processo de projeto arquitectónico. Sua concepção dos espaços arquitetônicos envolvia uma profunda depuração da forma, voltada sempre às necessidades impostas pelo lugar, segundo o preceito do minimalismo, Less is more.


O Pavilhão alemão na Feira Mundial de Barcelona (1929) é uma das obras mais célebres de Mies van der Rohe (reconstruído).

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Portefolio Desenho I/2

Portefolio de Desnho I/1

Arquitectura Portuguesa

A história da arquitectura portuguesa começa ainda na Idade do Bronze quando as primeiras aldeias começam a surgir de forma minimamente organizada, com casas, assembleias, balneários e muralhas em seu redor. Nessa época apareceram os Lusitanos.
Foi depois, no séc. III, com a ocupação romana, que as primeiras cidades começaram a crescer de forma organizada com inúmeros edifícios públicos e estradas pavimentadas que melhoram as comunicações em certas partes.
Após a queda do Império Romano do Ocidente o panorama artístico ficou quase esquecido. Apenas no séc. VIII, com a invasão muçulmana a arte voltou a ser praticada de forma mais organizada e uniforme. Mesquitas e palácios apareceram nas principais vilas e cidades do país.
Contudo no séc. XII começou a Reconquista. Transformaram-se as mesquitas em igrejas, como se fez com a Mesquita de Mértola, e de forma progressiva passou-se para o românico. As grandes igrejas pesadas começaram a povoar o território até que o gótico, e depois o Manuelino as tranformaram em edifícios mais esbeltos e decorados.
No séc. XVI, chega de Itália o Renascimento, que começa a racionalizar todas as formas, e os edifícios ficam mais pragmáticos em detrimento da sua decoração. De forma natural passa-se para o maneirismo que segue os passos da arquitectura renascentista. A Igreja de São Vicente de Fora é um dos melhores exemplos desse tempo. Nesta época, e desde o românico, a principal produção da arquitectura eram as igrejas, e assim seria até ao rococó.
No barroco, séc. XVIII as igrejas e conventos tornam-se mais luxuosos e ornamentados, exemplo disso é o Convento de Mafra. No início do séc. XIX vêm influências de vários países europeus que culminam no neoclassicismo. Poucas décadas depois aparece, como reacção, o romantismo. A Estação do Rossio ou o Palácio da Pena são obras românticas. No final desse mesmo século, os engenheiros tomam contam dos projectos com a arquitectura do ferro. O Elevador de Santa Justa é exemplo disso.
A arte nova e a art déco tiveram pouco expressão em Portugal. Mais tarde, durante o Estado Novo, foi aplicada uma arquitectura mais contida, mas sobretudo funcional.
Com o fim da ditadura, e abertura ao meio internacional, a arquitectura enriqueceu o seu espólio tanto em quantidade como em qualidade. Na actualidade destacam os arquitectos portugueses Álvaro Siza Vieira, Eduardo Souto de Moura, Fernando Távora, Gonçalo Byrne, entre outros.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Siza Vieira

Durante a apresentaçao de uma das suas obras, enquanto iam passando slides com fotografias da maquete, 3D, esquiços, plantas, cortes e alçados, referiu que tudo isto era aborrecido... referindo que "alçados e plantas eram coisas aborrecidas para se verem por isso seria melhor passar muito rapido"
penso que quem e arquitecto deve gostar do que faz e nao fazer por fazer.
ou entao optar por abandonar a area, como o caso de Nadir Afonso que assume, nao gostar de exercer como arquitecto, mas sim como pintor.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Mancha final

Habitaçao Unifamiliar











Projecto de uma habitação - Projecto II/1-UBI

Portefolio de desenho II


Portefolio digital final - Desenho II/1 UBI

pictograma - regular/irregula...interligados

a diferença

isto e uma das coisas que nao podem acontercer..
sera k a culpa foi do arquitect... ou do constructor

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

“Não é o ângulo recto que me atrai, nem a linha recta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo, o universo curvo de Einstein.” Óscar Niemyer
adoro arquitectura